terça-feira, 27 de novembro de 2012

RESUMOS aprovados - parte II

O XENTE! EU NÃO SABIA!? LAMPIÃO NA VOZ, NA MEMÓRIA E NA LITERATURA DE CORDEL DO SEMI-ÁRIDO BAIANO

Janete Costa Santana dos Santos[1]
Orientadora: Andréa do Nascimento Mascarenhas Silva[2]

RESUMO: Foi por meio da proposta do projeto intitulado (Re)conhecendo um dos sertões baianos: sistematização e registro de expressões artístico-culturais do semi-árido, da Profª. Drª Andréa do Nascimento Mascarenhas Silva, que surgiu o subprojeto O xente! Eu não Sabia!? Lampião na voz, na memória e na Literatura de Cordel do semi-árido baiano. Nesta primeira etapa da investigação tivemos o propósito de pesquisar a passagem do bando do cangaceiro Lampião nos municípios de Tucano, Quinjingue, Monte Santo, Canudos, Várzea da Ema e Euclides da Cunha, municípios localizados no semi-árido baiano. O subprojeto tem como finalidade conhecer histórias referentes à passagem de Virgulino Ferreira da Silva e seus jagunços nos locais citados. Dessa presença ainda viva hoje, nos sertões baianos, partimos desse contexto para (re)conhecer quais os vestígios da passagem cangaceira que ainda podem ser levantados nesse século XXI, seja na oralidade ou na Literatura de cordel. Ao conhecer a história que não aparece registrada nos livros, alcança-se uma das contribuições desse trabalho, que é justamente tentar desmistificar estereótipos em torno do mito Lampião. Dessa maneira, o Subprojeto teve como finalidade conhecer as histórias que ainda são contadas sobre a passagem de Virgulino Ferreira da Silva e de seus jagunços pelas localidades mencionadas, narradas por pessoas anônimas, geralmente idosas (algumas com mais de 98 anos de idade). Ao conhecer e registrar o que nossos griots narram/rememoram foi possível reconhecer o contexto e os vestígios deixados em nossa memória e nas tradições orais ainda em circulação nos Municípios citados. As narrativas de cordel também serviram de base para este trabalho, uma vez que registram, na letra, a oralidade que se formou em torno de Lampião não só nesta região. Os primeiros teóricos estudados foram Jerusa Pires Ferreira, em Matrizes Impressas do Oral, e Luís da Câmara Cascudo, em Literatura Oral no Brasil. Os referidos teóricos explanam sobre a literatura de cordel.

Palavras-chave: Lampião. Memória. Tradição oral. Cangaço na Bahia.


A TRILOGIA MORTAL DE QUINCAS BERRO D’ÁGUA NO MÍSTICO UNIVERSO BAIANO

Alexandre Santos de Oliveira[3]
Orientadora: Rosana Carvalho da Silva Ghignatti[4]

RESUMO: O presente artigo tem por finalidade apresentar uma análise comparativa (método de trabalho), parcial, entre o romance A morte e a morte de Quincas Berro D’ Água (1958), do escritor baiano Jorge Amado, e a adaptação dessa obra para o cinema, Quincas Berro D’ Água (2010), dirigida pelo cineasta Sérgio Machado. Objetivamos elencar as possíveis semelhanças e/ou diferenças entre a obra amadiana e a versão fílmica, a fim desmistificar o olhar muitas vezes errôneo que geralmente é lançado sobre as releituras, paráfrases e transcodificações de grandes obras artísticas, sejam elas literárias, fílmicas ou musicais. Concebemos assim, as releituras, como processos de criação artística com caráter e especificidades próprias, já que não devem fidelidade total às produções que serviram de matéria prima para a transcodificação. Para isso, adotar-se-ão, as contribuições teóricas de Tania Carvalhal (2006), Ana Maria Machado (2006), dentre outros.

Palavras-chave: Literatura Comparada. Obra literária e fílmica. Quincas Berro D’ Água. Jorge Amado,


O PAPEL DO (S) NARRADOR (ES) NOS CONTOS CONTEMPORÂNEOS:
 A MOÇA DOS PÃEZINHOS DE QUEIJO E UM CORPO SEM NOME,
DE ADONIAS FILHO

Cristina de Jesus Oliveira[5]
Edilene de Andrade Correia[6]
Orientadora: Andréa do Nascimento Mascarenhas Silva[7]


RESUMO: Objetiva-se, com a presente comunicação, apresentar uma análise literária acerca da questão do narrador e da contemporaneidade nos contos “A moça dos pãezinhos de queijo” e “Um corpo sem nome”, contidos no livro O Largo da Palma, do autor Adonias Filho. Pretende-se mostrar, nas duas narrativas, um ponto de união entre elas – o protesto. Para empreender a contento a leitura e o estudo dos contos, fez-se necessário, antes, compreender como se realiza uma análise literária, o que se entende por contemporaneidade e qual o papel do narrador dentro de uma história (narrativa literária). Para tanto, utilizaremos como aporte teórico, as discussões propostas por: Sérgio Paulo Adolfo (2002), Maria de Lourdes Netto Simões (1997/98), Tânia Pellegrini (2001), Karl Erik Schøllhammer (2008), Massaud Moisés (1999) e Cândida Vilares Gancho (2002). A metodologia empregada para a construção do trabalho pautou-se na pesquisa bibliográfica e eletrônica, a partir de banco de dados e de fontes virtuais. Este texto é o resultado de um artigo que foi solicitado pela professora Andréa do Nascimento Mascarenhas Silva que lecionou, no 6º semestre 2012.1, o componente curricular “Estudo da Ficção Brasileira Contemporânea”, solicitando dos acadêmicos  a apresentação de obras contemporâneas, para discentes do Ensino Médio que estão se preparando para o vestibular, ou melhor, obras que irão constar no processo seletivo UNEB 2013.

Palavras-chave: Narrador. Adonias Filho. Conto.



A INFLUÊNCIA DO PIBID UNEB NO PROCESSO DE LEITURA E PRODUÇÃO DE TEXTOS NO ENSINO MÉDIO: UM RELATO DE EXPERIÊNCIAS

 
Liliane Silva de Aquino[8]
Orientadora: Cleide Selma Alecrim Pereira[9]


 
RESUMO: O presente artigo nasceu a partir das experiências vividas, desde 2010, como aluna bolsista no Programa Institucional de Bolsa de Iniciação à Docência - PIBID, nas oficinas do subprojeto Jornal Escolar: um artefato de aprendizagem integrado ao ensino de língua portuguesa. Tal projeto trabalha com a leitura, a escrita e a reescrita como um caminho para a construção da cidadania e formação dos discentes, assim como o desenvolvimento da competência discursiva através dos gêneros textuais constitutivos do jornal nas aulas de Língua Portuguesa no ensino médio, enfatizando a produção com gêneros textuais jornalísticos como notícia, crônicas etc. De porte das orientações teóricas da Linguística Textual, trabalhamos os seguintes autores Marcuschi, Koch, Elias e Martins como suporte teórico, objetiva-se neste artigo evidenciar o PIBID enquanto atividade acadêmica que possibilita aos alunos da licenciatura a experiência na prática docente. Para tanto, as atividades metodológicas do projeto estão calcadas em leitura teórica, atividades práticas em sala de aula com a escrita, correção e reescrita das produções dos alunos e publicação dos textos selecionados por nós. Toda a atividade ocorreu em turmas do ensino médio do Colégio Estadual da Bahia-Central em Salvador. Como resultados, agregamos conhecimentos, não só para os alunos discentes do colégio, como para os bolsistas de iniciação a docência em formação e também para a instituição escolar, o que destacou a importância de se manter um elo entre a instituição acadêmica e os demais espaços da sociedade, reafirmando assim a indubitável indissociabilidade entre ensino, pesquisa e extensão.

Palavras-chave: Leitura. Produção textual. Escrita/reescrita.


AS MÚLTIPLAS FACES DE DORA, EM CAPITÃES DA AREIA,
DE JORGE AMADO

Joelma Santos da Costa[10]
Maria José Oliveira de Souza Peixinho[11]
Orientadora: Andréa do Nascimento Mascarenhas Silva[12]


RESUMO: Neste artigo trataremos da obra Capitães da Areia, do escritor Jorge Amado e, de modo particular, sobre a personagem Dora, que foi analisada dentro do viés “mulher, personagem e transgressão feminina”. Com base nos estudos de autores como Belkis Morgado, Ivone Maria Xavier de Amorim Almeida, Ana Helena Cizotto Belline (entre outros), pode-se entender como Dora foi apresentada no cenário social da época e retratada na narrativa, em meio às situações vividas pelo grupo de menores órfãos abandonados da capital baiana, do qual fazia parte. Considerou-se como elementos fundamentais de reflexão não só os processos de vida dos meninos de rua, mas as causas que os levaram a articular estratégias de sobrevivência naquele cenário urbano, onde as desigualdades sociais se tornaram marcas bruscas ao longo dos anos, sem definição ainda hoje. Chegou-se à conclusão, a partir dos estudos teórico-reflexivos, que a personagem estudada apresentava comportamentos com características opostas aos costumes e padrões exigidos na época, constituindo-se assim em uma figura transgressora. Este artigo foi feito com base em pesquisas bibliográficas e eletrônicas.

PALAVRAS-CHAVE: Jorge Amado. Capitães da Areia. Mulher. Estudo de personagem. Transgressão feminina.


A CONSTRUÇÃO DE SENTIDO NAS REDAÇÕES ESCOLARES –
UMA EXPERIÊNCIA DO PIBID-UNEB

Flávia Ferreira Lopes[13]
Cleide Sema Alecrim Pereira[14]


RESUMO: O presente artigo surgiu a partir das experiências adquiridas no decorrer das atividades realizadas como aluna bolsista no Programa Institucional de Bolsa de Iniciação à Docência (PIBID), subprojeto Jornal Escolar: um artefato de aprendizagem integrado ao ensino de língua portuguesa, desenvolvido no Colégio Estadual da Bahia em Salvador. Um dos objetivos do sobprojeto é o trabalho com a leitura, a escrita e a reescrita de textos produzidos pelos alunos durante as oficinas na escola para posterior divulgação e publicação em boletins e jornal escolar. Tomando a Linguística textual como teoria-suporte, e especificamente os estudos dos autores, Koch e Elias (2011), Antunes (2003), Passareli (2004) Marcuschi (2001), Possenti (2008) e Costa Val et al (2009), esse artigo tem como objetivo central evidenciar a importância da atividade de escrita e reescrita para construção de sentido das redações escolares, bem como refletir sobre os desafios enfrentados durante esse processo. Ao fazer parte de um projeto de iniciação à docência, cujo objetivo é trabalhar com a produção textual, foi possível entender a escrita como um processo e não um produto pronto, como muitos a consideram. A reescrita é uma atividade cuja perspectiva é fazer com que o aluno consiga refletir sobre a sua escrita, bem como escrever de forma clara e objetiva. Sendo assim, o ato de rever o texto consiste sempre na buscar do sentido daquilo que se escreve. Revisar é ir além de corrigir, porque pode significar também alterar o texto em aspectos que não estão errados. Por esse motivo é tão importante que o professor saiba conduzir o aluno nesse processo de revisar o texto.

Palavras-chave: Lingüística textual. Construção de sentido. Escrita/reescrita.



[1] Graduanda em Letras Vernáculas pela Universidade do Estado da Bahia/ Campus XXII – Euclides da Cunha – BA.
[2] Professora da UNEB (Graduação e Especialização). Doutora em Comunicação e Semiótica, PUC-SP (2009).
[3] Graduando em Letras Vernáculas pela Universidade do Estado da Bahia/ Campus XXII – Euclides da Cunha – BA.
[4] Professora da Rede particular de Ensino – Riachão/BA. Mestre em Literatura e Diversidade Cultural (UEFS).
[5] Graduando em Letras Vernáculas pela Universidade do Estado da Bahia/ Campus XXII – Euclides da Cunha – BA.
[6] Graduando em Letras Vernáculas pela Universidade do Estado da Bahia/ Campus XXII – Euclides da Cunha – BA.
[7] Professora da UNEB (Graduação e Especialização). Doutora em Comunicação e Semiótica, PUC-SP (2009). 
[8] Graduando em Letras Vernáculas pela Universidade do Estado da Bahia/ Campus I – Salvador/BA. Bolsistas de ID/PIBID, Campus XXII e Campus I.
[9] Professora da UNEB. Especialista em Linguagem (UFBA). Coordenadora de Área - PIBID/UNEB.
[10] Graduando em Letras Vernáculas pela Universidade do Estado da Bahia/ Campus XXII – Euclides da Cunha – BA.
[11] Graduando em Letras Vernáculas pela Universidade do Estado da Bahia/ Campus XXII – Euclides da Cunha – BA.
[12] Professora da UNEB (Graduação e Especialização). Doutora em Comunicação e Semiótica, PUC-SP (2009).
[13] Graduando em Letras Vernáculas pela Universidade do Estado da Bahia/ Campus I – Salvador/BA. Bolsistas de ID/PIBID, Campus XXII e Campus I.
[14] Professora da UNEB. Especialista em Linguagem (UFBA). Coordenadora de Área - PIBID/UNEB.

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