terça-feira, 27 de novembro de 2012

RESUMOS aprovados para apresentação - parte I

A TRANSGRESSÃO DE FLORBELA ESPANCA:
VIDA E OBRA QUE SE INTERLIGAM

Camila Lopes SILVA[1]
       Jaqueline Ferreira da SILVA[2]
Orientador: Orlando Freire Júnior[3]

RESUMO: Esta comunicação apresenta uma análise da transgressão feminina nos poemas “Charneca em flor” e “Versos de orgulho”, de Florbela Espanca e  tem por objetivo mostrar a ligação entre vida e obra da poetisa supracitada, nascida em uma sociedade patriarcal, onde a mulher devia dedicar-se ao marido e aos filhos e ser totalmente submissa. Florbela burla essas normas através de atitudes em sua vida, como o fato de ter casado três vezes, e também, através da literatura. Uma vez que em seus poemas são expostos entre outros temas, o amor, suas aspirações e vontades mais secretas, diferenciando-se das demais mulheres, especialmente das outras escritoras portuguesas, que escreviam sobre temas sutis e ingênuos. A metodologia utilizada para elaboração desse texto foi obtida através de pesquisa bibliográfica e tem como fundamentação teórica os autores: Campos(1998), Dal Farra (1999), Móises (2005), SCMIDT (1995), Xavier (1991).

Palavras-chave: Transgressão. Florbela Espanca. Mulher. Dominação masculina.


A PRESENÇA DO NARRADOR CLÁSSICO NOS CONTOS
 “JAÚ DOS BOIS” E “NHÔ GUIMARÃES”, DE ALEILTON FONSECA

Camila Lopes da Silva[4]
                         Gabriela de Andrade[5]
Orientadora: Andréa do Nascimento Mascarenhas Silva[6]

RESUMO: Esse artigo tem por objetivo elaborar uma breve análise a partir dos contos de “Jaú dos Bois” e “Nhô Guimarães”, presentes no livro O Desterro dos Mortos, do escritor baiano Aleilton Fonseca. Para tanto, fez-se um recorte dos aspectos mais relevantes contidos nos referidos contos a fim de refletir a respeito do papel do narrador, suas memórias e experiências na constituição do enredo em cada narrativa. A metodologia utilizada para elaboração desse texto foi obtida através de pesquisa bibliográfica tendo como fundamentação teórica os autores: Benjamin (1994) Cortázar (2004) Gancho (2001) e Santos (2012). Buscou-se realizar as leituras dos contos atentando-se para as semelhanças entre os narradores dessas histórias e figura do narrador clássico descrita por Walter Benjamim.  Diante desse estudo pode-se compreender que o escritor Aleilton Fonseca busca na experiência cotidiana da vida no interior a matéria-prima para a produção desses enredos, assim os narradores dessas histórias mostram-se como pessoas que trazem experiências de vida que merecem ser contadas.

Palavras-chave: Narrador. Conto. Memória. Aleilton Fonseca.


LEITURA IMAGÉTICA: UM MECANISMO RELEVANTE PARA A COMPREENSÃO DE CONTEÚDOS NA SALA DE AULA

Ana Érika de Souza Fernandes[7]
Rildo Vivaldo Teles[8]

Resumo: Esse trabalho é um resultado de nossa atuação como bolsistas no Programa Institucional de Bolsa de Iniciação à Docência – PIBID, mantido pela UNEB, em parceria com a CAPES, coordenado no Campus XXII pela Professora Andréa do Nascimento Mascarenhas Silva e supervisionado na escola-campo (Educandário Oliveira Brito) pela Professora Maria das Graças Carvalho César. Pretendemos, com as reflexões postas aqui, apontar para a importância da leitura de imagens como um mecanismo fundamental na promoção do conhecimento aos alunos do Ensino Médio da Instituição Escolar na qual atuamos. Reconhecemos a leitura como uma atividade primordial no contexto escolar na busca da ascensão do aluno enquanto agente capaz de adquirir os meios possíveis para torna-se cada vez melhor como discente e/ou pessoa no mundo no qual está inserido. A imagem surge nesse momento de atuação, no espaço que compõe a escola, como uma ferramenta auxiliar na compreensão, por parte dos discentes, do que se procura passar. Nos dias atuais é comum o uso de aparelhos audiovisuais como um recurso adicional e isso tem demonstrado total eficácia no que concerne à tentativa de proporcionar um caminho aberto para o aluno sentir-se à vontade e ir em busca do conhecimento que está sendo apresentado. No PIBID, as atividades/aulas ministradas com a utilização de imagem tornam-se práticas indispensáveis e nesse trabalho tentaremos demarcar a importância desses procedimentos para nossa atuação enquanto graduandos/docentes em formação.

Palavras-chave: Imagem. Leitura. Escola. Conhecimento.


MULHER E TRANSGRESSÃO EM AS DOZE CORES DO VERMELHO,
DE HELENA PARENTE CUNHA

Adriana Costa Dantas[9]
Maria Conceição Costa de Abreu[10]
Orentador: ???

RESUMO: O artigo foi realizado a partir de pesquisa e abordagem bibliográfica acerca da obra de Helena P. Cunha. Ao longo do estudo do livro As doze cores do vermelho (1998), foram analisados elementos que retratam a personagem principal em situações de inquietação e transgressão. A fundamentação teórica do trabalho teve base em autores como a própria autora do livro em estudo, Cunha (1999), em Silva (2004), em Chagas (2004), em Sousa (2004). Ao concluirmos a análise da obra da autora baiana, descobrimos no texto determinadas funções atribuídas à mulher ao longo do tempo e conseguimos revelar algumas de suas lutas, na busca por autonomia. As cores citadas no título do livro marcam a personalidade de cada personagem e suas posturas frente às normas impostas pelo patriarcalismo.

Palavras-chave: Mulher. Transgressão. Helena Parente Cunha. Personagem.

A PERSONAGEM NELO EM ESSA TERRA, EM ANTONIO TORES:
IMAGENS DE MIGRAÇÃO E CRISE IDENTITÁRIA

Ana Rafaela de Andrade Souza[11]
Andréa Pereira Lima[12]
Jaqueline Ferreira da Silva[13]
Orientador: ???

Resumo: Neste artigo objetivamos analisar a personagem Nelo em seu percurso pela narrativa e, a partir de algumas imagens, perceber as consequências da migração na construção da identidade do próprio Nelo e de sua família no romance Essa Terra (2008), de Antonio Torres. Ao sair da cidadezinha onde morava (o Junco) para São Paulo, Nelo depara-se com uma realidade diferente daquele imaginada por ele e pelos familiares. Isso o leva a ter crises identitárias durante todo o período em que reside na capital paulista e inclusive no Junco, após o seu retorno, fato que talvez o tenha encaminhado a cometer suicídio. A migração se reflete, também, na identidade de seus familiares, como o exemplo de sua mãe, que acaba em um manicômio. A fim de entender como acontece a crise identitária a partir da migração, utilizaremos o aporte teóricos de Stuart Hall e Homi K. Bhabha, além de dissertações de mestrado e publicações eletrônicas. A partir destas leituras foi possível perceber a influência da migração na identidade das personagens. Por conta da identidade ser uma característica sempre em construção nos indivíduos, diante de um choque intercultural pode acarretar resultados trágicos, como o de Nelo e de sua família.

Palavras-chave: Migração. Identidade. Sociedade. Essa Terra. Antônio Torres.


NELO, PROTAGONISTA D’ ESSA TERRA, DE ANTÔNIO TORRES: ALGUNS EFEITOS SOCIAIS E PSICOLÓGICOS DA MIGRAÇÃO

Cíntia Santana Borges[14]
Cristiano Macedo de Jesus[15]
Orientadora: Andréa do Nascimento Mascarenhas Silva[16]

RESUMO: O romance Essa Terra, publicado em 1976, do escritor baiano Antônio Torres, é considerado uma das obras que o consagrou como um dos maiores escritores contemporâneos da Literatura Brasileira. Com linguagem simples, o autor narra a saída de Nelo do pequeno povoado do Junco para o Estado de São Paulo em busca de melhores condições de vida. Como tema central, traz na narrativa ficcional a problemática do retorno de sertanejo migrante a sua terra de origem e as consequências dessa migração. Desse modo, através do personagem Nelo, o presente artigo busca analisar alguns dos efeitos sociais e psicológicos causados pela migração, a partir da égide dos livros A Urbanização Brasileira, de Milton Santos; Um nordeste em São Paulo: trabalhadores migrantes em São Miguel Paulista, de Paulo Fontes; além de contribuições dos estudos de Aleilton Fonseca, Isabel Cristina Martins Guillen, Kleber Fernandes de Oliveira, Paulo de Martino Jannuzzi, Sigmund Freud, Stuart Hall, entre outros. Portanto, este artigo foi construído com base na pesquisa, análise e compreensão do referencial teórico proposto. Para sua efetivação foi necessário realizar uma leitura sistemática, tomando como ponto de partida o romance em estudo. E para atingir os objetivos propostos, fizemos leitura, fichamentos e análise de obras que abordam acerca do processo de migração e que são fundamentais para a elaboração do presente artigo.

Palavras-chave: Antônio Torres. Migração. Efeitos sociais. Efeitos psicológicos. Estudo de personagem.



O FANTÁSTICO DESDOBRAR DA MORTE

Thaíla Moura Cabral[17]
Itamara Pimentel Macedo[18]
Orientadora: Andréa do Nascimento Mascarenhas Silva[19]

RESUMO: Por meio da interseção do fantástico com o real, propusemo-nos a ilustrar alguns recursos que a narrativa literária possibilita ao autor, quanto a representação de tipos humanos, comumente vistos nos meios sociais. Para tanto, traçamos um esboço sobre a construção do personagem principal (Joaquim Soares da Cunha, vulgo Berro Dágua), da obra A morte e a morte de Quincas Berro Dágua, do escritor baiano Jorge Amado. O referido personagem funciona como uma espécie de elemento espelho de indivíduos que figuram a sociedade mascarada de preconceitos, falsos costumes e afeições familiares. Quincas, nesse contexto, rompe com o costumeiro e padronizado modo de viver, dito “digno” em uma cultura “civilizada”. Para a fundamentação teórica do estudo, lançamos mão das contribuições de Tzvetan Todorov, sobre Literatura Fantástica (1980) e de Ana Maria Machado, sobre a leitura das obras de Jorge Amado (2006). Quanto à escrita literária e a biografia de Amado, recolhemos informações em relatos de Zélia Gattai, João Jorge Amado e Paloma Jorge Amado (2002). O processo metodológico de construção do trabalho se deu por meio de pesquisa bibliográfica (obras teóricas supra citadas e o livro chave de nosso estudo, A morte e a morte de Quincas Berros Dágua). O estudo nos fez refletir sobre o domínio literário magistral expresso em palavras por Jorge Amado na condução da narrativa, que oscila entre fantástico e real, na medida que traz aspectos críticos da sociedade com leveza e riso.

Palavras-chave: Literatura Baiana. Jorge Amado. Literatura fantástica. Morte. Sociedade.






[1] Graduanda em Letras Vernáculas pela Universidade do Estado da Bahia/ Campus XXII – Euclides da Cunha – BA.
[2] Graduanda em Letras Vernáculas pela Universidade do Estado da Bahia/ Campus XXII – Euclides da Cunha – BA.
[3] Graduado em Letras Vernáculas pela Universidade Federal da Bahia (2000) e Mestre em Literatura e Diversidade Cultural – UEFS (2003). Atualmente é Professor da Universidade do Estado da Bahia.
[4] Graduanda em Letras Vernáculas pela Universidade do Estado da Bahia/ Campus XXII – Euclides da Cunha – BA.
[5] Graduanda em Letras Vernáculas pela Universidade do Estado da Bahia/ Campus XXII – Euclides da Cunha – BA.
[6] Professora da UNEB (Graduação e Especialização). Doutora em Comunicação e Semiótica, PUC-SP (2009).  
[7] Graduanda em Letras Vernáculas pela Universidade do Estado da Bahia/ Campus XXII – Euclides da Cunha – BA.
[8] Graduando em Letras Vernáculas pela Universidade do Estado da Bahia/ Campus XXII – Euclides da Cunha – BA. 
[9] Graduanda em Letras Vernáculas pela Universidade do Estado da Bahia/ Campus XXII – Euclides da Cunha – BA.
[10] Graduanda em Letras Vernáculas pela Universidade do Estado da Bahia/ Campus XXII – Euclides da Cunha – BA.
[11] Graduanda em Letras Vernáculas pela Universidade do Estado da Bahia/ Campus XXII – Euclides da Cunha – BA.
[12] Graduanda em Letras Vernáculas pela Universidade do Estado da Bahia/ Campus XXII – Euclides da Cunha – BA.
[13] Graduanda em Letras Vernáculas pela Universidade do Estado da Bahia/ Campus XXII – Euclides da Cunha – BA.
[14] Graduanda em Letras Vernáculas pela Universidade do Estado da Bahia/ Campus XXII – Euclides da Cunha – BA.
[15] Graduando em Letras Vernáculas pela Universidade do Estado da Bahia/ Campus XXII – Euclides da Cunha – BA.
[16] Professora da UNEB (Graduação e Especialização). Doutora em Comunicação e Semiótica, PUC-SP (2009).
[17] Graduanda em Letras Vernáculas pela Universidade do Estado da Bahia/ Campus XXII – Euclides da Cunha – BA.
[18] Graduanda em Letras Vernáculas pela Universidade do Estado da Bahia/ Campus XXII – Euclides da Cunha – BA.
[19] Professora da UNEB (Graduação e Especialização). Doutora em Comunicação e Semiótica, PUC-SP (2009).

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